Borgo Balsugana! Essa passada pela polícia é bizarra como a primeira. E
inacreditável...
Tem vezes que passamos por uma maré de azar, não é? Alguns acreditam que
são obstáculos para darmos valor às coisas boas, outros que é olho gordo de
alguém e outros que era o destino... Eu prefiro acreditar que foi descuido e
vacilo mesmo haha.
Bem, de todas as formas temos que esperar essa maré passar,
reerguer a cabeça e quando as coisas se acalmarem, abrir um sorrisão e pegar um
gás de novo. Foi o que eu e minha mãe estávamos fazendo sempre um dia depois
dos ocorridos, mas não tínhamos nos dado conta de que a maré ainda estava acontecendo.
De Milão fomos pra Borgo Valsugana para ver se eu conseguia fazer minha
carteira de identidade italiana, uma vez que meus ascendentes são de lá e que
os documentos ficam lá. Tínhamos reservado o hotel de tarde, porque a cidade é
pequeníssima e não tem muitas opções (na verdade só 3, são somente 3 hoteis na
cidade). Liguei pro hotel, falei com a recepção, tudo certinho pra não termos
problemas. Ok, perdemos um dos trens pra chegar até lá e acabamos pegando o
último que chegava meio tarde. Acabamos chegando perto de onze da noite, mas
tranquilo, porque os hoteis normalmente não fecham. Procuramos, procuramos e
procuramos o endereço até que não encontramos. haha Entramos no único restaurante
aberto pra perguntar onde ficava aquele hotel até que começaram a rir da nossa
cara. Como eu já estava meio cansada, fiquei puta. Perguntei qual era, por que
eles estavam rindo. Foi onde um dos caras que estavam no balcão falou que aquele
hotel fica em outra cidade. Aí eu falei, “NÃO! NÃO É POSSÍVEL! Tu tá achando
que sou tansa ou o que? Tá aqui, ó”. Mostrei o endereço e a foto que tinha no
google maps do hotel. Ele também não se acreditou. Simplesmente tinha um ERRO
NO GOOGLE MAPS! Inacreditável, não é? É sim, gente. Ainda mais no meio de tanta
confusão e passada pela polícia... Tá, única solução foi pegar a lista
telefônica e ligar pros hoteis, albergues, bed&breakfeasts que tinha na
região. Liguei pruns 12 lugares, TODOS estavam lotados. Aí veio o desespero,
né. Eu sozinha até que me virava, dormia embaixo da ponte, sei lá, mas eu tava
com a minha mãe, bitxo! E tava ficando frio... E tinha chovido... (relembro que
isso já eram meia noite).
Lembramos que na estação de trem tinha uma salinha com banco e uma porta
(pra escapar do frio). Não tivemos outra circunstância a não ser ir pra lá e
dormir até o dia amanhecer. Minha mãe tinha topado e então partimos.
Chegando na estação, encontramos um mendigo, cara. Tadinho... Ele já tinha
ocupado o “nosso” lugar e não rolava dividir. Ali sim começamos a ficar meio
desesperadas e cansadas de tanta coisa ruim. Ligamos pra polícia pra ver o que
eles podiam fazer (haviam dito que a polícia aqui se ocupa dessas coisas
também). Tá, avisamos o que tinha acontecido e tal e ver no que eles poderiam
nos ajudar. O policial falou que me retornaria em 10 minutos. Esperei 25
minutos e nada. Falei pra mãe: “Tá vamos até a igreja ver se ela tá aberta,
quem sabe podemos dormir lá.” No meio do caminho encontramos um casal de
namorados e explicamos pra eles a situação. Eles ligaram pra polícia novamente
e, por causa da ligação deles, cidadãos de lá, a polícia me retornou. Aí tudo se resolveu, o filho da dona de um hotel
de uma outra cidade foi nos buscar naquele horário a pedidos do policias.
Querido demais! Huhuh Essa foi a quarta passada pela polícia E ÚLTIMA!
No outro dia veio a melhor notícia dos últimos tempos, consegui pegar
minha identidade e ainda por cima, NA HORA! Foi o céu. Resolvemos festejar num
restaurante bacana da mini city, quando a minha mãe recebe um recado no face
dizendo que a casa do irmão dela pegou fogo. Aí pronto, né. Desabou!! Acho que
nunca vi minha mãe assim tão desesperada e triste. Passamos um tempo tentando
nos recompor e decidimos que daquele dia pra frente nada mais ia acontecer de
errado. E thanks god, depois disso tudo deu certo.
Resolvemos ir pra Innsbruck, na Áustria. Lá decidimos chutar o balde,
gastar dinheiro sem ficar contando e se preocupando, afinal de contas a viagem
estava acabando e a gente nem tinha aproveitado ainda. Fizemos compras,
almoçamos e jantamos muito bem e ficamos em bons hoteis. Aí a alma foi lavando
e o sorriso subindo.
Innsbruck é MA-RA-VI-LHO-SA! Todos que vêm pro norte da Itália deveriam
dar uma passada lá. É uma cidade pequena mas extremamente organizada, fofinha,
bonita e limpa. Boa parte das pessoas lá usam roupa de fritz e frida. Inclusive
estava rolando um batizado, algo do tipo, e os convidados estavam trajados a
rigor. Fizemos o pontos turísticos em dois dias e de lá voltamos para Trento,
onde a mãe tem uma amiga de infância muito querida, a Pimpi. O restante eu conto num último
post. Não é nada de especial, mas ao menos vocês não se cansam. Hehe
AI gente, eu quase ia me esquecendo. Antes de irmos pra Innsbruck, ficamos um dia em Trento, onde encontramos um amigo das amigas de infância da minha mãe, o Fernando Verones. Tomamos em café com gelato na praça principal e ele nos levou pra conhecer o restaurante e casa dele, que ficava uns 15 minutos de onde estávamos. Um restaurante lindo e muito aconchegante! Passamos uma tarde ótima. Conhecemos também Masha Grosu que trabalha na casa dos pais do Fernando, um amor! Obrigada, queridos!
Beijos meus lindooooooosss
Fernando Verones
Fridas na Áustria fazendo compras
Feliz depois de ter recebido a carta de identidade italiana
Borgo Valsugana
Innsbruck, Áustria
Ainda em Innsbruck. Esse aí atrás é o telhado dourado (???)
Mãe nos rolé em Innsbruck